Mesa Caju
Ano: 2019
Autor: Homã Alvico
Fotos:
O desafio foi desenvolver uma mesa multi-propósito que se tornasse uma peça de decoração quando desmontada, evitando a necessidade de esconder a mesma quando não estivesse em uso, ideal para espaços compactos.
Como parte da pesquisa do estúdio em biomimética, e em design inspirado na natureza, buscamos formas orgânicas que respondessem a necessidade de estruturação e proporcionasse relações mais dinâmicas entre os usuários e entre atividades, de comer à trabalhar. Da busca por atender esta necessidade objetiva utilizando como referência a natureza desenvolvemos a Mesa Caju, nome dado devido a sua similaridade à castanha de Caju – que na verdade é o fruto do cajueiro. Fruto nativo do Brasil, faz parte da cultura de boa parte do país.
Anacardium occidentale / L. - Köhler, F.E., Medizinal Pflanzen, vol. 3 t. 51 (1890)
Pessoalmente lembro de quando criança, minha avó me contava muitas histórias e ainda mais estórias do Nordeste, de onde ela tinha vivido boa parte de sua vida, e curiosamente o caju/ cajueiro sempre estava presente em estória ou outra. Apesar de eu não ter tanto contato com a fruta aqui em São Paulo, o Caju tem pra mim um significado quase mítico, como se fosse uma entidade, um personagem que participava da vida cotidiana dos nordestinos e por consequência dos brasileiros.
Para mim é uma tentativa de literalmente materializar os sentimentos e a riqueza folclórica deste Nordeste que conheci pela voz da minha avó, e ter a peça como memória, algo como um pendrive ancestral.
Xilogravura - A sombra do cajueiro / J. Miguel (2008)
Processo manual de concepção - Arame, folha de madeira, papel.
Base em perfil tubular de aço
com pintura eletrostática
Base + Tampo
Tampo em madeira natural nativa